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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Como desfraldar meninas

Espere o momento certo
O segredo do sucesso do desfraldamento é só começar com o processo quando a criança realmente já tiver capacidade física (controle esfincteriano) para segurar as necessidades. Embora existam crianças que conseguem fazer isso já com 1 ano e meio, outras só vão estar prontas depois de completar 3 anos.

Você talvez já tenha ouvido falar que meninas largam as fraldas mais rápido que meninos, o que é verdade. E crianças que já tenham irmãos mais velhos também levam menos tempo para desfraldar.

Estudos já demonstraram que, quando se tenta adiantar o processo, o que acontece é que ele acaba levando mais tempo. Ou seja: o resultado é o mesmo, mas começar antes da hora dá muito mais trabalho, e é bem mais estressante para todos, além de poder gerar problemas futuros.

A primeira coisa a fazer, portanto, é usar nossa lista de sinais para ver se sua filha está mesmo pronta para abandonar as fraldas. Se você acha que sim, ótimo. Agora o importante é iniciar o processo num momento bem propício.

Verifique se a rotina dela está bem tranquila, sem grandes mudanças à vista. Novidades na escola ou na família tendem a atrapalhá-la. Preste atenção também para ver se ela dá abertura para essa grande mudança. O ideal é que ela não mostre resistência quando você mencionar o assunto.

Deixe-a aprender pela imitação
Se vocês ainda não fazem isso em casa, deixe que sua filha veja a mãe -- e o pai -- fazerem xixi. Ela vai notar que há diferenças no jeito de urinar, e essa já será uma ótima oportunidade para explicar como meninas e meninos usam o banheiro.

Providencie o equipamento correto
A maioria dos especialistas recomenda o bom e velho penico, que dá mais segurança à criança. O adaptador para o vaso sanitário é ótimo porque evita que a criança caia dentro do vaso e poupa você da operação de lavar o penico (principalmente quando se trata de cocô), mas pode assustar sua filha no começo. Você pode guardar essa opção para quando ela já estiver bem treinada.

Um banquinho bem firme é uma boa idéia para este momento. Ele pode ajudar sua filha a alcançar o vaso sanitário, quando ela quiser experimentar a privada. Nesse caso, também serve para apoiar os pés enquanto estiver sentada lá. Mesmo antes disso, o banquinho vai ser útil na hora de lavar as mãos.

Livros ou desenhos sobre o assunto podem ajudar, mas não são essenciais.

Ajude sua filha a se acostumar ao penico
Mostre a ela que o penico é dela. Deixe-a sentar lá de roupa e tudo, se ela quiser. Depois, com calma, sugira que ela experimente sentar sem a roupa. Não se assuste se ela estranhar (é gelado!). Não force, só incentive com bom humor.

É preciso muito cuidado para não pressioná-la, pois esse é um dos maiores erros que os pais cometem. É uma tentação a que é difícil resistir.

Caso ela se recuse a sentar no penico, brinque com uma boneca ou um bichinho de pelúcia, colocando-o para fazer xixi e cocô lá. Dá até para improvisar um peniquinho especial para o "amigo", se você achar que isso vai ajudar.

Compre calcinhas "especiais"
Se der, leve sua filha com você à loja para escolher calcinhas bem legais. Antes do passeio, conte a ela como vocês vão fazer uma coisa especial, porque ela já é uma menina grande e agora pode usar calcinha igualzinho à mamãe!

Crie uma estratégia para o desfraldamento
Em primeiro lugar, você vai ter de decidir se vai tirar a fralda diurna de uma vez só ou se vai fazer a mudança de forma gradual, colocando fraldas sempre que necessário.

Tirar a fralda de uma vez só às vezes agiliza o processo, mas você tem que se preparar para um grande número de acidentes. A situação ideal para fazer isso é no calor, de preferência quando você for passar bastante tempo em casa, sem grandes compromissos (um feriado prolongado ou durante as férias). Existe a chance, se ela estiver realmente pronta, de em menos de uma semana o desfraldamento estar completo.

A retirada gradual tende a demorar bem mais, mas se encaixa melhor na rotina e nos compromissos, como a escola, saídas para a casa da avó etc. Nesse caso, proponha deixá-la sem fralda por algum tempo sempre que puder, e faça bastante festa sempre que ela pedir para fazer xixi ou cocô no penico, ou quando a fralda ficar seca.

As pull-ups, fraldas de treinamento que vestem como calcinhas, são boas para esta fase, porque não vazam se ela se esquecer de pedir, e podem ser baixadas e levantadas pela própria criança, o que não acontece com a fralda. O inconveniente é que elas são caras e mais difíceis de encontrar.

Ensine-a a se limpar do jeito certo
Uma das coisas mais importantes que você precisa ensinar à sua filha é a se limpar do modo correto. Explique que ela precisa passar o papel sempre da frente para trás, da vagina para o bumbum, e não o contrário, principalmente quando faz cocô.

Assim, ela evita levar bactérias da região do ânus para a vagina e a uretra, o que pode causar infecções urinárias -- problema que parece ser mais comum em meninas na época do desfraldamento.

Se você achar que está difícil para ela aprender a se enxugar corretamente, ensine-a a só encostar levemente o papel higiênico na vagina depois do xixi, sem fazer movimentos para frente ou para trás -- e peça a ela para chamar você para limpá-la depois do cocô.

Caso sua filha de repente precise fazer xixi a toda hora, ou tenha vontades repentinas, reclame de dor ou comece a deixar escapar a urina depois de já estar bem treinada para usar o penico ou o vaso sanitário, é melhor levá-la ao médico para ver se não há uma infecção no trato urinário.

Deixe-a circular pelada
Esse é um jeito de evitar o xixi na calça. Aproveite dias de calor e deixe-a brincar pelada pela casa (ou, pelo menos, em algum lugar que não cause grandes prejuízos se ela fizer xixi no chão). No começo, as escapadas de xixi são inevitáveis, e assim você não molha tanta roupa -- e a criança não se sente tão mal por ter feito xixi na calça.

Não se esqueça de comemorar muito sempre que ela fizer xixi ou cocô no lugar certo. Você pode dar prêmios, de preferência ligados ao fato de que agora ela é uma menina grande: o direito de ver um filme, de ficar acordada até mais tarde etc.

Por outro lado, segure a ansiedade porque, se cada ida ao banheiro for a coisa mais importante da sua vida, ela vai perceber e ficar nervosa. É muita responsabilidade para uma criança tão pequena!

Facilite as coisas
Este não é o momento para usar jardineiras, macacões, vestidos complicados, meia-calça e calças com cinto. Prefira roupas de elástico, fáceis de pôr e tirar, e compre calcinhas larguinhas.

Deixe o penico num lugar fácil. Mantenha a porta do banheiro aberta, e o penico num local acessível.

Tudo menos demonstrar frustração ou raiva
Todo o esforço pode ir rapidinho por água abaixo, por meses e meses, se você perder a paciência e fizer a criança se sentir mal porque o xixi ou o cocô escaparam. Mesmo as crianças mais treinadas têm acidentes de vez em quando.

Segure a bronca com todas as suas forças, mesmo que sua filha esteja fazendo cara de paisagem, como se nada tivesse acontecido, e haja cocô por todo lado. Se as escapadas estiverem ficando frequentes demais e sua filha parecer não se importar, talvez valha a pena pensar em dar um tempo e só começar com o processo dali a alguns meses.

Apele para a diversão
Use a criatividade para aliviar o estresse do processo todo. Um produto de limpeza azul na água do vaso sanitário, por exemplo, pode encantar sua filha, pois ela vai descobrir que, se fizer xixi lá (ou despejar o xixi do penico), a água fica verde!

Deixe livrinhos no banheiro para ela se distrair. Faça uma cartela de adesivos e vá dando adesivos de prêmio a cada xixi no lugar certo -- e um adesivo maior ou mais especial quando for cocô.

Se só os adesivos não estiverem adiantando, prometa um prêmio maior (um brinquedinho ou um passeio) quando ela completar uma fileira, ou determinado número de adesivos.

Saiba a hora de tirar a fralda da noite
Quando sua filha estiver ficando sem fraldas o dia inteiro, você pode começar a pensar em tirar a fralda noturna. Mas espere até o desfraldamento diurno estar bem firme.

Comece a observar, quando ela acorda, se a fralda está molhada. Há crianças que fazem xixi imediatamente ao acordar, por isso vale a pena olhar logo que ele desperta, e logo oferecer para levá-la ao banheiro. Só decida eliminar a fralda da noite quando perceber que ela acorda quase sempre com a fralda seca (três noites em cinco é uma boa medida).

Pode demorar mais do que você imagina. O organismo pode ter dificuldade de segurar o xixi durante as fases de sono profundo. Se você tentou e os episódios de xixi na cama se transformaram em um transtorno para a família, simplesmente volte atrás, explique a ela que é melhor esperar um pouco e que logo o corpo dela estará pronto para tentar outra vez.

Faça a festa quando as fraldas forem embora de vez
Parabéns, sua filha já é quase uma moça! Elogie-a muito e deixe-a dar o resto do pacote de fraldas para um priminho menor, ou para outra criança mais nova. E comemore você também! Nada mais de troca de fraldas! Bom, você ainda tem de ajudá-la a se limpar na hora em que ela berra "Acabeeeeei!" lá do banheiro, mas isso é outra história...

Fonte: site brasil.babycenter.com
 

Intervenção na Prática Psicopedagógica


*Lívia Rocha Caldas
Aluna do Curso de Psicopedagogia Clínica do ISECENSA
*Maria Rachel Escocard
Mestre em Psicologia Clínica e Neurociência –PUC-RJ

*Jacqueline Lopes Ferreira Bárbara
Doutoranda em Engenharia da Informação –UPSAM- Madri
De acordo com Fonseca (2008), o observador, quando assume a função de mediatizador deve humanizar a interação, induzindo no observado novos e renovados processos e procedimentos cognitivos visando relacionar e interagir com informação transmitida. O ato clínico implica na observação. Representa um momento de equilíbrio entre a palavra e o que está acontecendo, baseado num olhar de sensibilidade concreta. Nesse sentido, a avaliação psicopedagógica verifica a compatibilidade entre o nível de desempenho da criança na escola e a sua faixa etária e/ou escolaridade, suas atitudes, competências ou inabilidades que facilitam ou interferem no processo de aprender. Segundo Fernández, (1991), “não se trata de ajudar o paciente para que confesse o importante, mas que ele fale do que carece a importância.” O uso de instrumentos na avaliação psicopedagógica são ótimos recursos e ferramentas auxiliares no processo. É importante que estes testes apresentem as propriedades psicométricas: validade, fidedignidade e padronização para que o trabalho do psicopedagogo tenha objetividade e direção. A Validade mede exatamente o que o teste propõe. A Fidedignidade é a reprodução fiel dos resultados e a Padronização evita falhas tornando mais apropriado a interpretação dos resultados. Segundo relatos de Weiss (2007), é possível entender que o uso dos testes e provas representa um recurso a mais a ser explorado num diagnóstico psicopedagógico. Além dos testes, é necessário a observação acurada, a escuta durante o processo de execução e o olhar clínico.
Dessa forma, para contribuir com a resolução das dificuldades de aprendizagem é necessário que o Psicopedagogo siga a direção e as indicações mais apropriadas para que o trabalho psicopedagógico seja eficaz, oportunizando o prazer de novas aprendizagens. O presente estudo foi realizado durante cinco sessões com R., de onze anos, estudante de escola pública, repetindo pela quarta vez a primeira série (correspondente ao 2º ano do Ensino Fundamental), encaminhada por um fonoaudiólogo com suspeita de Dislexia. Dislexia, conforme Fonseca (2008) é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Uma criança disléxica faz confusão de letras ou fonemas semelhantes. Além de discriminar mal os sons, pode também confundir os sinais gráficos. Esta confusão de símbolos torna a leitura incompreensível. Ao pedir para uma dessas crianças fazer uma redação, nota-se que tem dificuldades na construção das palavras e das linguagens. O texto geralmente é breve, com pensamentos limitados a ordenação das palavras é falha e a pontuação é anormal. O distúrbio faz com que a criança perca a vontade de estudar, ficando marginalizada na turma, tornando-se agressiva.
A identificação precoce dos sintomas, segundo Teixeira (2006), é essencial para o diagnóstico e início do tratamento, pois quanto mais cedo identificado, menores serão os prejuízos acadêmicos e sociais a que essa criança estará exposta. Foram realizados testes com R., cujo objetivo foi confirmar ou descartar a suspeita acima relatada.
Dificuldades Escolares e Transtornos Comportamentais. Os problemas de aprendizagem e os transtornos mentais podem prejudicar gravemente o futuro do indivíduo, caso não seja detectado e tratado corretamente. Nesse sentido, foram avaliados os seguintes aspectos sobre determinados transtornos e dificuldades:

I. TDAH – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE.
Além do diagnóstico, fazer o reconhecimento do tipo de TDA-H torna-se fundamental, uma vez que o profissional poderá conduzir o caso, criando estratégias e meios de trabalhar as dificuldades. Segundo Rizzo (1985), é necessário proporcionar atividades variadas que ocupem a criança o maior período de tempo possível auxiliando sua conduta, dando liberdade de escolha e de movimento.
O hiperativo normalmente é rejeitado pela sociedade. Seu comportamento inadequado prejudica a concentração dos colegas que passa a excluí-lo. Esta exclusão pode levar o indivíduo a desenvolver problemas psicológicos podendo tornar-se introvertido, agressivo, exibicionista e com baixa auto-estima assentadas Outros fatores que contribuem para as dificuldades escolares são a falta de atenção, a orientação espacial, e a percepção visual.
A atenção é a capacidade de selecionar e orientar para o ambiente os estímulos que parecem importantes e que correspondem aos nossos interesses, intenções ou tarefas imediatas, com inibição concomitante dos estímulos irrelevantes, sem a qual a quantidade de informações não selecionadas seria tão grande e desorganizada que nenhuma atividade se tornaria possível.
Ao responder os estímulos que lhe são significativos, Brandão (1995 apud Lima, 2005), o Sistema nervoso mantém contato com as informações que chegam através dos órgãos sensoriais, dirigindo a atenção para o que é relevante garantindo a interação com o meio. Entende-se por orientação espacial a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-se em relação aos objetos, as pessoas e o seu próprio corpo em um determinado espaço. A percepção visual está incluída em praticamente quase todas as ações humanas, desde o situar-se no espaço, como fator de equilíbrio, localização e memória visual, até a execução de tarefas como ler e escrever, por exemplo, além de outras ações que acompanham o desenvolvimento global.
A Atenção Seletiva refere-se à capacidade de emitir resposta a um estímulo específico desconsiderando aqueles não relevantes. Atenção Sustentada representa a capacidade do indivíduo em mantê-la focalizada em uma seqüência de estímulos, por um período de tempo, para conseguir desempenhar determinada tarefa, sendo caracterizada por uma habilidade em detectar estímulos (nível de vigilância) e por uma diminuição no desempenho ao longo do tempo.

II. MATURIDADE ESCOLAR
Para que uma criança alcance a maturidade escolar desejada é necessário que ela esteja pronta para começar o aprendizado direcionado. Isso acontece quando o seu físico, a sua relação social e o seu pensar demonstram o fim da fase anterior.
Quando uma criança adquire uma maturidade social para sentir-se à vontade fazendo parte de um grupo, quando desenvolve a sensibilidade de sentir-se como grupo, significa que ela já se encontra madura para aceitar ordens, solicitar indicações, aceitar o certo e o errado, o bom e o mal como algo inquestionável.
Faz-se necessário ressaltar que a maturidade escolar é um processo natural de evolução. Ferreiro (1993) afirma que a criança deve adquirir condições necessárias de “maturidade” antes de entrar em contato com um objeto. A criança, ao ingressar à escola, necessita estar preparada em diversos aspectos: emocional, mental, social e físico. Toda informação colhida permite entender melhor as dificuldades apresentadas no intuito de oferecer uma orientação e propostas mais adequadas à sua situação pessoal.

III. DEPRESSÃO INFANTIL
O termo depressão consiste na caracterização de sentimentos de tristeza, desencanto, disforia ou desespero. Os transtornos depressivos, segundo Teixeira (2006), produzem dificuldades sociais e acadêmicas, que podem comprometer o desenvolvimento do indivíduo.
É de grande importância ressaltar que a depressão possa ser subdiagnosticada por manifestações com sintomas inespecíficos, portanto é imprescindível que todos ao redor da criança reconheçam esses possíveis indicadores para que possam ser encaminhadas para tratamento especializado.

IV. STRESS INFANTIL
O stress em geral, é uma reação do organismo, que podem ocorrer em qualquer pessoa, independentemente de idade, raça, sexo ou situação sócio-econômica. Conforme Lipp (1984, apud Lipp e Lucarelli, 1998) o stress é o conjunto de reações emitidas pelo organismo quando este é exposto a qualquer estímulo que o altere.
Em períodos de stress, a harmonia do organismo fica afetada e cada órgão passa a trabalhar em ritmo diferente dos demais. Se esse estado se prolongar por muito tempo, haverá uma queda de equilíbrio interior e um enfraquecimento do organismo e, conseqüentemente, a manifestação de sintomas e doenças.

V. ATRASO NA INTELIGÊNCIA
O indivíduo, também pode passar por momentos em que sua inteligência encontra-se comprometida. Nesse caso, é importante averiguar.
A inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair idéias, compreender idéias e linguagens e aprender.
A consciência atua conjuntamente à inteligência sendo distinta dela, a inteligência "mostra" para a consciência o significado das coisas percebidas, que elas são diferentes, e mesmo quando fisicamente semelhantes podem ter finalidades diferentes.
De acordo com Fernández (1991), o pensamento humano é um só, onde acontecem a significação simbólica e a capacidade de organização lógica.

VI. ATRASO NA MATURIDADE PARA LEITURA
A questão da maturidade deve ser tratada com especial atenção, pois para avaliar uma criança nesse aspecto, é necessário que ela esteja pronta e com os conhecimentos interiorizados. Esses conhecimentos a criança assimila antes na sua forma subjetiva, sendo guiada a observar e reproduzir ou registrar com carinho e exatidão o mundo que o professor lhe apresenta. Assim ela cria uma base moral e sólida em sua inteligência afetiva que lhe servirá como alicerce sobre o qual edificará um raciocínio lógico, sendo seu instrumento próprio para julgar e avaliar a si própria e ao mundo. Fonseca (1995), admite que a aprendizagem da leitura constitui uma relação simbólica entre o que se ouve e diz com o que se vê.

VII. ATRASO NA DISCRIMINAÇÃO FONOLÓGICA
A dificuldade de discriminação fonológica leva a criança a pronunciar as palavras de maneira errada. Essa falta de consciência fonética, decorrente da percepção imprecisa dos sons básicos que compõem as palavras, acontece, já, a partir do som da letra e da sílaba. Essas crianças podem expressar um alto nível de inteligência, "entendendo tudo o que ouvem", como costumam observar suas mães, porque têm uma excelente memória auditiva. Portanto, sua dificuldade fonológica não se refere à identificação do significado de discriminação sonora da palavra inteira, mas da percepção das partes sonoras diferenciais de que a palavra é composta. A detecção precoce dos distúrbios de linguagem possibilita introduzir procedimentos preventivos diminuindo a incidência ou a severidade de problemas futuros.
As características do transtorno de linguagem e posteriores de leitura e escrita só serão verificadas no período formal de alfabetização, o que reforça a necessidade de detectar precocemente tais distúrbios.

VIII. ATRASO NA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
A consciência fonológica é a habilidade de segmentar a fala e manipular tais segmentos. É a consciência de que as palavras são constituídas por uma seqüência de sons, que se desenvolve gradualmente durante a infância como parte da habilidade metalingüística, ou seja, a capacidade de pensar e operar sobre a linguagem como um objeto.
O estudo da consciência fonológica, de acordo com Paiva (2004), permite o conhecimento de segmentação das palavras, bem como seus modelos teóricos para explicar os processos de aprender a ler. As habilidades de consciência fonológica podem ser testadas através de diferentes tarefas, as quais podem apresentar um maior ou um menor grau de dificuldade, podendo ser tidas como simples ou complexas.

IX. ATRASO NO DESEMPENHO ESCOLAR
Promover um ensino de qualidade tem sido o grande desafio do Brasil, tendo em vista inúmeros problemas refletidos nas políticas educacionais. Muitos programas, segundo Bossa (2002), têm sido implementados, pelo poder público, para incentivar o ingresso de brasileiros à escola e garantir a sua continuidade e permanência, assegurando, ainda, aos indivíduos, um ensino com qualidade que possa promover plenamente a formação de sua cidadania. Apesar da proliferação de programas voltados para a melhoria e a qualidade da escola, ainda não se conseguiu erradicar do sistema educacional público o fenômeno do fracasso escolar, conseqüentemente, a diminuição dos altos índices de reprovação e evasão.
Muitos educadores, conforme Cordié (1996), atribuem o mau desempenho do aluno, o seu insucesso ou fracasso escolar, em decorrência da dificuldade de aprender e reter conteúdos. A dificuldade de aprendizagem, portanto, se constitui como um dos principais agravantes para o fracasso escolar do aluno. Neste estudo, os termos dificuldade de aprendizagem, dificuldade escolar, problema de aprendizagem serão empregados num mesmo sentido, se referindo a maneira pela qual o fracasso escolar é expresso. O baixo rendimento e/ou desempenho escolar são pontos de partida para detecção de problemas relacionados à leitura, à escrita e a cálculos- matemáticos.
Busca oferecer de forma objetiva uma avaliação das capacidades fundamentais para o desempenho escolar, mais especificamente da escrita, aritmética e leitura.

É importante relatar que o saber psicopedagógico, antes de tudo, é o trabalho de auto-análise das próprias dificuldades e possibilidades no aprender, pois a formação do Psicopedagogo, assim como requer a transmissão de conhecimentos e teorias, também requer um espaço para a construção de um olhar e escuta psicopedagógica a partir de uma análise de seu próprio aprender.
A prática psicopedagógica, se faz, então, sob olhar clínico e sob o trabalho competente do Psicopedagogo e dos elementos de intervenção. Dessa forma, propõe-se que este, aproveite do “poder” que lhe é atribuído para possibilitar que o atendimento clínico seja um espaço de escuta do desejo e de trocas acima de tudo.
E para concluir, que o Psicopedagogo reflita sobre seu exercício, pois não basta ter o domínio teórico e sim, a capacidade de selecionar e processar saberes infinitos, de acordo com cada caso, para dar conta de cada um, identificando as possíveis intervenções

Dificuldades na aprendizagem da matemática

 

Áreas de dificuldade que podem interferir no desempenho em matemática

Habilidades espaciais: as dificuldades em relações espaciais, distâncias, relações de tamanho e para formar sequências podem interferir em habilidades como: medir, estimar, resolver problemas e desenvolver conceitos geométricos.
Perseverança: são dificuldades para passar mentalmente de uma tarefa para outra,ou seja, atividade com vários passos para resolução.
Linguagem: são dificuldades para compreender termos como: primeiro, último, seguinte, maior que, menor que e outros.
Raciocínio abstrato: dificuldade na compreensão de conceitos abstratos, sendo necessária a utilização de material concreto para resolução.
Memória: dificuldade em relembrar informações que foram apresentadas.
Processo perceptivo: as dificuldades na área perceptiva acarretam problemas na leitura e escrita de quantidades, na realização de operações e em alguns casos na resolução de problemas.

Noções necessárias para a aprendizagem da matemática

Correspondência: agrupar um objeto com outro (um lápis para cada aluno).
Classificação: agrupar os objetos em categorias de acordo com alguns critérios (cor, tamanho, formato).
Seriação: ordenar objetos de acordo com o tamanho (do menor para o maior) ou de acordo com o peso (mais pesado para o menos pesado).
Conservação: operação mental necessária para a construção do raciocínio lógico. Constituição de objeto permanente (a bola existe mesmo quando sai do campo de visão do bebê).
Reversibilidade: capacidade de fazer, desfazer e fazer novamente.
Proporcionalidade: compreensão das noções lógico-matemáticas, das frações e probabilidades.
Numeração: compreensão do sentido do número como sendo mais do que uma simples palavra, pois se refere a um todo, composto por unidades incluídas nele e guardando a relação de ordem com o restante dos números.
Valor posicional: unidade, dezena, centena, etc.
Compreender operações: é importante não somente saber as respostas das operações, mas compreendê-las de fato.
Resolução de problemas: é necessária a compreensão do texto, ordenar partes do problema e a compreensão lógica do enunciado e das competências do raciocínio abstrato que são utilizados para resolvê-lo.

Discalculia

ATIVIDADES
Estas atividades podem ser feitas com material concreto, onde a criança deverá apalpá-lo e distribuí-lo e em alguns casos pode ser utilizado em folha de atividade.

Este material pode ser: blocos lógicos; cartazes com figuras, sempre do tamanho adequado para ser trabalhado com a criança de acordo com sua faixa etária, objetos de uso diário como lápis de cor, tesoura, borracha, objetos que as crianças trazem de casa, elástico, prendedores de cabelo, carrinhos e outros.

Exercício de correspondência



Um para um/ material - blocos lógicos: fazer uma fileira de objetos iguais como quadrados e solicitar que a criança coloque um (1) círculo para cada quadrado.
Outra atividade que pode ser utilizada é colocar figuras de meninas (desenhos que podem ser facilmente encontrados na internet, impressos e plastificados para maior durabilidade) e solicitar que a criança distribua uma (1) flor (também figuras) para cada menina.
Conforme o desenvolvimento da habilidade da criança, a atividade pode se tornar mais complexa.
Utilize figura de 5 crianças e solicite à criança que distribua 10 balas entre elas.
Depois este trabalho pode ser feito com sobra.
Tem 5 crianças e 12 balas. Distribua entre elas. Sobra alguma? Quantas?
Em sala de aula o(a) professor(a) poderá facilmente utilizar este tipo de atividade.

Temos 5 crianças, quantos lápis vamos precisar?
Temos 3 tesouras para 5 crianças. Quantas faltarão?
Temos 20 alunos. Quantas folhas vão precisar?
E assim por diante, solicitando sempre que um ajudante entregue o material, fazendo revezamento entre os ajudantes.


Em casa não é diferente

Peça o auxilio da criança em algumas tarefas. Por exemplo: Solicite que a criança prepare a mesa para o almoço. São 4 pessoas que irão almoçar, quantos pratos precisaremos? Depois peça que coloque 1 (um) guardanapo para cada prato e depois os copos.




Outra atividade interessante é o agrupamento:
Faça fichas com números impressos e separe alguns blocos lógicos ou materiais diversos. Por exemplo:
5 quadrados
3 triângulos
2 círculos
7 retângulos

Solicite à criança que conte e coloque a ficha com o número correto ao lado de cada grupo.
Depois utilize o fator inverso. Coloque sobre a mesa algumas fichas com números e solicite à criança que coloque a quantidade correta de objetos.
Aproveite para observar se ela mistura os objetos no mesmo grupo ou se classifica como foi feito anteriormente (grupo de triângulo, círculos, etc).

Este material pode ser comprado pronto. São retângulos de madeira onde em uma extremidade há o número e na outra, que deverá ser encaixada, há o grupo de figuras.






OBS: A atividade acima pode ser usada, também, para treino dos numerais.






Exercícios de classificação



Entregar à criança vários objetos, com cores, formas e tamanhos variados e solicitar que separe em grupos, ou seja, classifique, mas não é necessário utilizar este termo, a não ser que a criança já tenha condições de entendê-lo.
Depois pergunte como ela separou e por que.
Em seguida peça à criança que pense em outra forma de separar (classificar), por exemplo: tamanho, textura e outros.


Em sala de aula pode ser feito o mesmo exercício em grupo, pedindo que cada grupo separe os objetos e os outros grupos deverão descobrir que propriedades dos objetos levaram em consideração para classificá-los.
Para crianças maiores pode utilizar cartões com alimentos, carros, animais, plantas e outros.


Exercícios de seriação.


Entregar á criança objeto de diferentes comprimentos e pedir que os coloque em ordem a partir do mais curto até o mais longo.
Podem ser utilizados copos de vários tamanhos, palitos, lápis e outros.


Uma ideia legal é pedir que a criança faça bolas de diversos tamanhos com massinha e organize da maior para a menor.


Em sala os alunos podem se organizar em fila por ordem de tamanho, do maior para o menor e do menor para o maior.


Valor posicional



Em sala de aula é comum utilizar o quadro de valor onde os alunos preenchem o campo unidade, dezena, centena etc, como podemos conferir abaixo.



Este tipo de atividade também pode ser utilizada, mas se for foi trabalhada de forma concreta antes, não terá resultado.



Existem alguns materiais bem interessantes que podem ser utilizado como: o ábaco e o material dourado.


Material dourado

O Material Dourado é um dos muitos materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori para o trabalho com matemática.
Embora especialmente elaborado para o trabalho com aritmética, a idealização deste material seguiu os mesmos princípios montessorianos para a criação de qualquer um dos seus materiais, a educação sensorial:
- desenvolver na criança a independência, confiança em si mesma, a concentração, a coordenação e a ordem;
- gerar e desenvolver experiências concretas estruturadas para conduzir, gradualmente, a abstrações cada vez maiores;
- fazer a criança, por ela mesma, perceber os possíveis erros que comete ao realizar uma determinada ação com o material;
- trabalhar com os sentidos da criança.

O material é composto por:
1 cubinho representa 1 unidade;
1 barra equivale a 10 cubinhos equivalem (1 dezena ou 10 unidades);
1 placa equivale a 10 barras ou 100 cubinhos (1 centena, 10 dezenas ou 100 unidades);
1 cubo equivale a 10 placas 1000 ou 100 barras ou 1000 cubinhos (1 unidade de milhar,10 centenas, 100 dezenas ou 1000 unidades).


Atividades



Explorando o Material Dourado


Objetivos:
- perceber as relações que existem entre as peças do material dourado;
- através das trocas, compreender que no Sistema de Numeração Decimal, 1 unidade da ordem imediatamente posterior corresponde a 10 unidades da ordem imediatamente anterior.
Metodologia:
Após permitir que os alunos, em grupos, brinquem livremente com o material dourado, o professor poderá sugerir as seguintes montagens:
- uma barra feita de cubinhos;
- uma placa feita de barras;
- uma placa feita de cubinhos;
- um bloco feito de barras;
- um bloco feito de placas.
O professor poderá estimular os alunos a chegarem a algumas conclusões perguntando, por exemplo:
- Quantos cubinhos eu preciso para formar uma barra?
- Quantas barras eu preciso para formar uma placa?
- Quantos cubinhos eu preciso para formar uma placa?
- Quantas barras eu preciso para formar um bloco?
- Quantas placas eu preciso para formar um bloco?
Nessa atividade, o professor também pode explorar conceitos geométricos, propondo desafios, como por exemplo:
- Quantos cubinhos você precisaria para montar um novo cubo?
- Que sólidos geométricos eu posso montar com 9 cubinhos?



Vamos fazer um trem?


Objetivo
- compreender os conceitos de sucessor e antecessor.
Metodologia
O professor pode pedir que os alunos façam um trem. O primeiro vagão do trem será formado por 1 cubinho, e os vagões seguintes por um cubinho a mais que o anterior. O último vagão será formado por 1 barra.
Quando as crianças terminarem de montar o trem o professor pode incentivá-las a desenhar o trem e registrar o código de cada vagão.
É importante que o professor considere as várias possibilidades de construção do trem e de registro encontradas pelos alunos.


Ábaco




O ábaco pode ser considerado como uma extensão do ato natural de contar nos dedos. Emprega um processo de cálculo com sistema decimal, atribuindo a cada haste um múltiplo de dez. Ele é utilizado ainda hoje para ensinar às crianças as operações de somar e subtrair.

Atividade
No caso do atendimento clínico é interessante que a psicopedagoga jogue junto, cada um com um ábaco; em sala de aula podem ser formados grupos.
O jogador deverá pegar os dois dados e jogá-los, conferindo o valor obtido. Este valor deverá ser representado no ábaco. Para representá-lo deverão ser colocadas argolas correspondentes ao valor obtido no primeiro pino da direita para a esquerda (que representa as unidades). Após deverá jogar os dados novamente.Quando forem acumuladas 10 argolas (pontos) no pino da unidade, o jogador deve retirar estas 10 argolas e trocá-las por 1 argola que será colocada no pino seguinte, representando 10 unidades ou 1 dezena. Nas rodadas seguintes, o jogador continua marcando os pontos, colocando argolas no primeiro pino da esquerda para a direita (casa das unidades), até que sejam acumuladas 10 argolas que devem ser trocadas por uma argola que será colocada no pino imediatamente posterior, o pino das dezenas.Vencerá quem colocar a primeira peça no terceiro pino, que representa as centenas.Com esta atividade inicial, é possível chamar a atenção para o fato do agrupamento dos valores, e que a mesma peça tem valor diferente de acordo com o pino que estiver ocupando.Possivelmente seja necessário realizar esta atividade mais de uma vez. É importante que os alunos possam registrá-la em seus cadernos, observando as estratégias e os pontos obtidos por cada um dos jogadores.


Escala Cuisenaire


Este é um material utilizado para a aprendizagem e treino das operações matemáticas, desde as mais simples até as mais complexas.O material Cuisenaire é constituído por uma série de barras de madeira, sem divisão em unidades e com tamanhos variando de uma até dez unidades. Cada tamanho corresponde a uma cor específica.

Atividades
Construindo um muro: Objetivo - Introduzir a operação de adição e a comutatividade. O professor pode apresentar uma barra e pedir que os alunos construam o resto do muro, usando sempre duas barras que juntas tenham o mesmo comprimento da peça inicial. As adições cujo total é dez ou maior que dez, assim como as adições com três ou mais parcelas podem ser introduzidas com essa atividade.



Construindo um muro especial: Objetivo-introduzir o conceito de multiplicação, enquanto soma de parcelas iguais. O professor pode pedir aos alunos que formem muros usando, por exemplo:


2 tijolos pretos



4 tijolos vermelhos



5 tijolos roxos



Após a realização das atividades concretamente, professor pode pedir que os alunos registrem como fizeram a construção do muro e discutir com seus alunos as formas de registro.


Adição1) Que peças eu posso juntar para formar a peça preta? Faça todas as combinações possíveis com duas peças, depois com três, depois...
Por exemplo:
(Uma verde clara com uma lilás)
2) Escreva uma sentença numérica para cada solução do item (1).
Por exemplo: (4 + 3 = 7)
3) Use apenas duas peças para “formar” a peça marrom. Encontre todas as soluções possíveis e escreva uma sentença matemática para cada solução.
4) Acabamos de criar a família da peça marrom. Crie a família para cada peça que seja maior ou igual a vermelha.
5) É possível criar a família do 11? Como seria?
6) Forme as famílias do 12, 13,... até o 20.

Multiplicação1) Duas peças vermelhas são do tamanho de que peça? Que relação tem este fato com a sentença: 2x2 = 4?
2) Três peças vermelhas são do tamanho de que peça? Que relação tem este fato com a sentença: 3x2 = 6?
3) Quatro peças vermelhas são do tamanho de que peças? E cinco?
4) Quanto dá 6x2? Que peças você usou?
5) Determine todos os produtos que podemos obter com as peças. Não deixe de registrá-los.
6) Quatro peças verdes claros são iguais a quantas peças lilás?


Tangram


Tangram é um quebra-cabeça originário da China e seu autor é desconhecido.
É formado por 05 triângulos, 01 paralelogramo e 01 quadrado (que juntos formam um novo quadrado).
Esse jogo é utilizado nas escolas para atrair o interesse das crianças pela Geometria e pela Matemática.
O quebra-cabeça consiste num primeiro momento, em permitir à criança a construção de formas geométricas, figuras humanas ou de animais, fazendo uso de todas as peças.
Num estágio mais avançado, pode ser utilizado em exercícios de cálculo da área de figuras; capacitar os alunos à definição de ângulos com o uso do transferidor, ou propor cálculo de perímetros e outros problemas matemáticos.
O Tangram pode ser feito a partir de madeira, cartolina, materiais plásticos, papel cartão ou E.V.A.


Artigo: A matemática e a experiência concreta
Autora: Cristiane Carminati Maricato
Livro:Dificuldades de aprendizagem,detecção e estratégias de ajuda.
Autoras:Ana Maria Salgado (Psicóloga)
Nora Espinosa Terán (Psicóloga)
http://educar.sc.usp.br/matematica/m2l2.htm

"Está difícil começar a participar mais ativamente? Siga o mandamentos do pai e da mãe nota 10:

 1) Atualize-se e estude com seu filho. Ajude-o no dever de casa.

2) Pergunte sempre: o que você aprendeu na escola hoje?

3) Dê o exemplo. Mostre como é legal ler e estudar.

4) Leia para ele. Esse simples ato o incentivará a ler.

5) Descubra se ele tem alguma dificuldade de aprendizado ou de relacionamento.

6) Vá a todas as reuniões de pais e mestres. Participe e dê sua opinião.

7) Informe-se sobre os problemas da escola: há professores que faltam demais?

8) Faça elogios sinceros e reconheça o potencial dele.

9) Jamais permita que ele abandone os estudos ou falte às aulas sem precisar.

10) Acompanhe o boletim escolar dele e comemore os avanços!

11) Converse com os professores e dirigentes escolares. Cobre uma Educação de qualidade."

10 dicas para incentivar o seu filho a ler Conheça atividades simples - e baratas! - que podem transformar seu filho em um pequeno grande leitor

Leitura desde cedo: incentive seu filho a ter amor pelos livros

* Marina Azaredo

Os benefícios da leitura são amplamente conhecidos. Quem lê adquire cultura, passa a escrever melhor, tem mais senso crítico, amplia o vocabulário e tem melhor desempenho escolar, dentre muitas outras vantagens. Por isso, é importante ler e ter contato com obras literárias desde os primeiros meses de vida. Mas como fazer com que crianças em fase de alfabetização se interessem pelos livros? É verdade que, em meio a brinquedos cada vez mais lúdicos e cheios de recursos tecnológicos, essa não é uma tarefa fácil. Mas pequenas ações podem fazer a diferença.

"O comportamento da família influencia diretamente os hábitos da criança. Se os pais leem muito, a tendência natural é que a criança também adquira o gosto pelos livros", afirma Rosane Lunardelli, doutora em Estudos da Linguagem e professora Universidade Estadual de Londrina (UEL). A família tem o papel, portanto de mostrar para a criança que a leitura é uma atividade prazerosa, e não apenas uma obrigação, algo que deve ser feito porque foi pedido na escola, por exemplo. "As crianças precisam ser encantadas pela leitura", diz Lucinea Rezende, doutora em Educação e também professora da UEL.

Para seduzir pela leitura, há diversas atividades que os pais e outros familiares podem colocar em prática com a criança e, assim, fazer do ato de ler um momento divertido. No período da alfabetização - antes dela e um pouco depois também -, especialistas sugerem que se misture a leitura com brincadeira, fazendo, por exemplo, representações da história lida, incentivando a criança a criar os próprios livros e pedindo que a criança ilustre uma história. "Para encantar as crianças pequenas, é essencial brincar com o livro", recomenda Maria Afonsina Matos, coordenadora do Centro de Estudos da Leitura da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Maria Afonsina também dá uma dica: nunca reclame dos preços dos livros diante do seu filho. "O livro precisa ser valorizado", diz ela.

Leia a seguir dicas para transformar o seu filho em fase de alfabetização em um pequeno grande leitor
1. Respeite o ritmo do seu filho
Não se preocupe se o livro escolhido pelo seu filho parecer infantil demais. Cada criança tem um ritmo diferente. O importante é que o livro esteja sempre presente. A criança costuma dar sinais quando se sente preparada para passar para um próximo nível de leitura. "É preciso estudar o outro, entender o que ele gosta e respeitar as preferências", afirma Maria Afonsina Matos, coordenadora do Centro de Estudos da Leitura da Uesb.
2. Siga o gosto do seu filho
Talvez o que o seu filho gosta de ler não seja exatamente o que você gostaria que ele lesse. Mas, para adquirir o hábito a leitura, é preciso sentir prazer. Então, se o seu filho prefere ler livros de super-heróis aos clássicos contos de fada, por exemplo, não se preocupe (e nem pense em proibi-lo!). "É importante entender a criança e lhe proporcionar leituras que atendam aos seus desejos", diz Rosane Lunardelli, da UEL.
3. Faça passeios que tragam a leitura para o cotidiano
"Os pais precisam dar possibilidades para que as crianças se sintam envolvidas pela leitura", recomenda Lucinea Rezende, da UEL. Por isso, no seu tempo livre, procure fazer atividades com o seu filho que você possa relacionar com um livro. Uma ida ao zoológico, por exemplo, torna-se muito mais interessante depois que a criança leu um livro sobre o reino animal. E vice-versa: uma leitura sobre animais é mais bacana depois que a criança teve a oportunidade de ver de perto os bichinhos. E, assim como essa, há muitas outras maneiras de juntar passeios de fim de semana com a leitura: livro de experiências + visita a museu de ciências, livro de história + passeio em local histórico, visita a museu de arte + livro infantil sobre arte... As possibilidades são inúmeras!
4. Incentive a leitura antes de dormir
Incentive o seu filho a ler todas as noites. E, se ele ainda não for alfabetizado, conte histórias para ele antes de dormir. Por isso, é importante que ele tenha uma fonte de iluminação direta ao lado da cama, como um abajur. Uma ideia bacana é dar um presente para a criança nos fins de semana: permita que ela fique acordada até um pouco mais tarde para ler na antes de dormir. A professora Maria Afonsina Matos, da Uesb, relata que costumava contar histórias para os seus filhos todas as noites. "Hoje eles são adultos que leem muito", conta.
5. Improvise representações dos livros
"Concluída a leitura de um livro, os pais podem organizar peças de teatro baseadas na obra", sugere Lucinea Rezende, da UEL. Uma boa ideia é convidar outras crianças para participar da atividade. Os adultos podem ajudá-las a elaborar uma espécie de roteiro e pensar nas vestimentas e nos cenários a serem criados. Depois dos ensaios, a peça pode ser apresentada para um grupo de pais ou para toda a família. Também é interessante gravar com o celular ou uma filmadora a encenação da peça, para que depois a criança possa ver o próprio desempenho.
6. "Publique" o livro do seu filho
Proponha para o seu filho que ele faça o próprio livro. "As crianças gostam de criar histórias, viver personagens, imaginar paisagens", diz Maria Afonsina Matos, da Uesb. Primeiro, peça que ele tire fotos (e imprima-as) ou recorte figuras de revistas antigas. Depois, a partir das imagens, peça que ele escreva uma história. Ajude-o a criar uma capa para o livro e, por fim, coloque-o na estante, junto com outros livros. Que criança não adoraria ter um livro de sua autoria na biblioteca de casa?
7. Organize um clube do livro
Convide amigos e colegas de escola do seu filho para uma espécie de festa da leitura. No início, cada criança lê o trecho de um livro que pode até ser escolhido por eles (mas com orientação dos adultos). Depois de lida a obra, organize um debate sobre a história. Tudo isso pode ser feito durante uma tarde de sábado ou domingo, com direito a guloseimas que as crianças adoram, como cachorro-quente e chocolate quente (no fim de semana, pode!). "Na infância, a leitura tem de estar ligada a uma atividade divertida", afirma Rosane Lunardelli, da UEL.
8. Ajude-o a ler melhor
Muitas crianças ficam frustradas por ler muito devagar em voz alta. Se é o caso do seu filho, você pode ajudá-lo fazendo exercícios, como cronometrar o tempo que ele leva para ler um texto ou o trecho de um livro em voz alta. A atividade pode ser repetida várias vezes em dias diferentes e, assim, a criança vai poder comprovar o próprio desenvolvimento. Para aprimorar a atividade, peça que ele faça vozes diferentes para cara personagem da história. "A sonoridade fascina as crianças", explica Lucinea Rezende, da UEL.
9. Não pare de ler para ele
Após a alfabetização, é importante incentivar que a criança leia sozinha, mas isso não significa que você deva parar de ler para ela. Quando um adulto lê em voz alta um livro um pouco mais difícil, a criança é capaz de compreendê-lo, o que provavelmente não aconteceria se ela estivesse lendo sozinha. Abuse das vozes diferentes, dos sons, das entonações. Assim, a história fica muito mais emocionante. Parlendas e músicas, por exemplo, são ideais para serem lidas em voz alta. "Histórias lidas em voz alta e com emoção deixam as crianças mais leves, mais soltas", afirma Maria Afonsina Matos, da Uesb.
10. Frequente livrarias e bibliotecas
"Para adquirir o gosto pela leitura, a criança precisa se familiarizar com o ambiente de leitura", diz Rosane Lunardelli, da UEL. E, enquanto o acervo literário de casa é limitado, nas livrarias e nas bibliotecas a criança pode ter contato com uma infinidade de obras diferentes. Transforme as idas a livrarias, bibliotecas e feiras do livro em um programa de fim de semana. Hoje, nas grandes cidades, muitas livrarias e bibliotecas públicas oferecem atividades específicas para as crianças. E esse programa ainda é de graça. Algumas livrarias, inclusive, têm espaços para leitura (sem que os livros precisem ser comprados!).
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br